"Les Maias" est généralement considéré comme le plus grand roman d'Eça de Queiroz. Saga familiale, roman d'amour et fresque sociale, "Les Maias" est nourri des thèmes qui hantent l'auteur, qui y a mis, selon son expression, « tout ce qu'il avait dans le sac » : la fatalité de l'inceste, l'inconduite des femmes, la faiblesse des hommes, mais aussi la noble figure du grand-père et la solidité de l'amitié. La personnalité de l'auteur transparaît donc dans ce roman; le drame familial de Carlos reflète la souffrance d'Eça. Sommet de l'œuvre de l'écrivain portugais, c'est également une fresque naturaliste comparée à Zola et une saga familiale, "Les Maias" raconte une passion scandaleuse dans la société bourgeoise du Lisbonne des années 1870, avec tendresse autant qu'ironie. Le roman commence en 1876, alors que le jeune Carlos da Maia, diplômé de médecine à Coimbra, emménage avec son grand-père, Afonso da Maia, dans une vieille maison de Lisbonne, le Ramalhete... 720 p
Trata-se da obra-prima de Eça de Queirós, publicada em 1888, e uma das mais importantes de toda a literatura narrativa portuguesa. Vale principalmente pela linguagem em que está escrita e pela fina ironia com que o autor define os caracteres e apresenta as situações. É um romance realista (e naturalista), onde não faltam o fatalismo, a análise social, as peripécias e a catástrofe próprias do enredo passional. A obra ocupa-se da história de uma família (Maia) ao longo de três gerações, centrando-se depois na última geração e dando relevo aos amores incestuosos de Carlos da Maia e Maria Eduarda. Mas a história é também um pretexto para o autor fazer uma crítica à situação decadente do país (a nível político e cultural) e à alta burguesia lisboeta oitocentista, por onde perpassa um humor (ora fino, ora satírico) que configura a derrota e o desengano de todas as personagens.